A CONTRIBUIÇÃO DA LIDERANÇA PARA O CUMPRIMENTO DA MISSÃO ORGANIZACIONAL

2 de dezembro de 2022

Por Antônio Fernando Monteiro Dias

Segundo a revista Positive & Mindful Leader, o treinamento de liderança é uma indústria global de 366 bilhões de dólares, sendo mais de 150 bilhões de dólares gastos somente nos Estados Unidos da América.

Por outro lado, pesquisa realizada, pela consultoria norte-americana DDI, com mais de 12 mil executivos, em 74 países, aponta que faltam líderes com visão global no mercado. Nesse sentido, apenas 40% dos entrevistados se consideram aptos para a liderança.

Apesar das despesas significativamente elevadas na formação de líderes, o relatório da empresa de pesquisa Gallup sobre “Trabalho Global” afirma que, em 142 países pesquisados, o engajamento dos funcionários teve resultado abaixo do desejado: 13% dos funcionários estão engajados em seus empregos, enquanto 63% não estão engajados, e 24% estão ativamente desligados.
A Gallup também nos mostra que esse desligamento ativo no local de trabalho representa um imenso dreno em termos de produtividade e lucratividade, mesmo para economias altamente desenvolvidas.
O que está faltando então?

Muito se fala e se escreve sobre o tema liderança, mas conclusões objetivas e práticas são difíceis de serem encontradas. Há mais de uma centena de definições de liderança e mais de cinco mil estudos sobre suas características.

Essa heterogeneidade faz com que as empresas não consigam desenvolver adequadamente a liderança entre os seus colaboradores, com prejuízos constantes de desempenho e, em consequência, resultados corporativos insuficientes.

Diante desse contexto desfavorável, em minha modesta opinião, falta foco em liderança, por parte das organizações, e sobram modelos e teorias, em todo o mundo, que, infelizmente, não fornecem os resultados desejados. Falta, portanto, a abordagem correta e precisa na formação, capacitação, e no desenvolvimento da liderança.
Formar líderes não é tão difícil, apesar de ser complexo, pelo conjunto de conhecimentos e atributos a serem considerados. Dá trabalho, mas é perfeitamente possível!
Ao longo da minha vida profissional, como já mencionei em artigo anterior, tenho estudado (e praticado) liderança, na certeza de que ela (liderança) é a chave do sucesso, em todos os segmentos da vida pessoal e organizacional.

Desse modo, costumo definir liderança como uma competência desenvolvida de forma ética e permanente, pela força do caráter e do exemplo do LÍDER, e com foco no bem comum, no sentido de inspirar pessoas para se engajarem, ao máximo, com motivação, disciplina e profissionalismo, no atingimento de objetivos (organizacionais ou não).
Em consequência, em meu ponto de vista, só se deve investir na formação de líderes, quando as pessoas selecionadas possuírem, sem qualquer sombra de dúvidas, atributos de caráter e capacidade de dar o exemplo. Caso contrário é jogar dinheiro fora, ou mesmo capacitar uma “falsa liderança” que, no futuro, poderá ter, dependendo natureza da falha de caráter, o potencial de destruir o grupo, ou mesmo a empresa (adaptação do autor John C. Maxwell).

Assim, o investimento permanente e na forma adequada em liderança, com foco em todos os níveis hierárquicos (estratégico, tático e operacional), traduz-se como a forma mais direta e efetiva de as organizações atingirem os resultados estatuídos na missão organizacional.

Vale a pena ter o foco em liderança e perseverar! O sucesso virá!